Operação da PF investiga irregularidades em obras do HU

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Os prejuízos giram em torno de R$ 19 milhões.

Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a “Operação Editor”, na manhã desta quarta-feira, 21, em Juiz de Fora.

O alvo são as obras de ampliação do Hospital Universitário  (HU) da  Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

São apuradas fraudes em licitação, falsidade ideológica em documentos públicos, concessão de vantagens contratuais indevidas, superfaturamento e peculato.

Ao todo, são cumpridos cinco mandados de prisão preventiva contra o ex-servidores da Universidade Federal de Juiz de Fora e empresários vinculados a uma empresa de engenharia, além de dez mandados de busca e apreensão e um mandado de suspensão do exercício de função pública, além do sequestro de bens dos envolvidos.

As medidas foram decretadas pela 3ª Vara Federal de Juiz de Fora e os trabalhos também ocorrem em Belo Horizonte/MG e em Porto Alegre/RS.

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União na obra de ampliação do Hospital Universitário da UFJF apontou que o investimento, que era de cerca de 149 milhões de reais, saltou para mais de R$ 244 milhões. Além do suposto sobrepreço, a auditoria percebeu restrições à participação na licitação, como a proibição de consórcios e exigência de comprovação de capacidade técnica para a execução de serviços sem maior relevância.

As investigações também constataram que que representantes da UFJF e da empresa contratada editaram documentos com datas retroativas, utilizados para justificar alterações contratuais e pagamento de multas. Segundo a PF, a edição desses documentos, com a finalidade de induzir a erro órgãos de fiscalização e controle, é o que fundamenta as prisões preventivas.

Nota Oficial da UFJF

A UFJF  se manifestou às 11h30, desta quarta-feira, 21, em nota oficial que foi enviada por e-mail à redação.

Segundo a nota, os fatos não se referem à atual gestão, que reforça seu compromisso com os princípios da moralidade, da transparência e da ética na gestão pública. Informou também que, até o momento, não foi notificada quanto ao  afastamento de servidor público, mas que tomará todas as providências necessárias quanto ao fato.

Confira na íntegra;

” NOTA OFICIAL

UFJF esclarece que operação da Polícia Federal não se refere a atos da atual gestão

1 – os fatos não se referem à atual gestão do reitor Marcus Vinícius David e da vice-reitora Girlene Alves da Silva, que assumiram a Reitoria em abril de 2016

2 – a Administração Superior da UFJF tomou conhecimento da operação através de nota oficial da imprensa da Polícia Federal sobre fraudes nas obras do HU/UFJF, contratadas em agosto de 2012

3 –  a atual Administração Superior da UFJF reforça seu compromisso com os princípios da moralidade, da transparência e da ética na gestão pública

4 – desde quando assumiu a Reitoria, a atual gestão tem se colocado à disposição dos órgãos de controle para qualquer informação que contribuísse para a apuração dos fatos

5 – quanto a determinação de afastamento de servidor de suas funções, até o momento a UFJF não recebeu qualquer informação e, tão logo seja notificada, tomará a providência necessária

 
Diretoria de Imagem Institucional
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)”

 
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