Operação combate sonegação de mais de R$ 800 milhões de grupo empresarial em JF

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Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Polícia Civil, Secretaria de Estado de Fazenda e Advocacia-Geral do Estado deflagraram nesta quinta-feira, 4, em Juiz de Fora, a Operação Papel de Família.

O caso é considerado o mais grave crime tributário da cidade. A informação foi repassada pelo Ministério Público durante coletiva nesta manhã.

As indústrias – que foram alvo de mandados de busca e apreensão – pertencem  ao mesmo grupo empresarial derivado da antiga fábrica Paraibuna de Papéis. Somadas, as dívidas com fraudes fiscais, nos últimos 20 anos, chegam a R$ 300 milhões com o Estado de Minas e a R$ 500 milhões com a União.

Segundo o promotor de Justiça Fábio Reis Nazareth, da Promotoria de Defesa da Ordem Econômica e Tributária, as investigações começaram em 2007.

Fábio Reis Nazareth

Ainda segundo o promotor, foram feitos pedidos de prisão de pai e filho, principais responsáveis da empresa, e do contador, mas o pedido foi indeferido pela Justiça. O promotor afirmou que os envolvidos serão ouvidos pelo Ministério Público após análise do material apreendida, Não foi descartada a possibilidade de sequestro de bens.

Carlos Damasceno, superintendente da Receita Estadual de Juiz de Fora, fala sobre as irregularidades.

Carlos Damasceno

A polícia Civil cumpre nove mandados de busca e apreensão em três indústrias de papéis, escritórios de contabilidade e residências em Juiz de Fora e Sapucaia.

Até o momento, foram apreendidos 12 mil euros, 10 mil dólares, 10 mil reais, além de documentos, agendas, celulares e HDs das empresas. As ações devem se estender ao longo do dia.

Nota oficial da Tfsa Empreendimentos S.A.

A Tfsa Empreendimentos S.A., sociedade anônima de capital fechado, constituída por grupos empresariais autônomos e independentes entre si e proprietária do empreendimento denominado Shopping Jardim Norte – tendo em vista as notícias veiculadas pela mídia de que um shopping na Zona Norte teria sido construído com recursos sonegados de ICMS por empresa do Grupo Paraibuna – repudia quaisquer imputações que a possam envolver com operações ilícitas e se coloca à disposição das autoridades autoras do procedimento para fornecer todas as informações necessárias à comprovação de sua mais absoluta autonomia em relação a seus sócios, tendo todos os seus recursos advindos de fonte lícita e forma legal, com regular contabilização na forma da legislação. Esclarece que em momento algum foi consultada para prestar quaisquer informações às autoridades mencionadas a cerca de seus negócios.”

Foto: Désia Souza


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